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Notícias
Quem é quem na Certificação 29/06/11

    

Definidos nos dicionários como "confirmar  como certo, verdadeiro; atestar", o ato de certificar as companhias como determinada norma vai muito além de imprimir nos documentos de uma empresa um selo de que a mesma segue os princípios desta ou daquela normalização. Na segunda década do séc 21, nota-se que cada vez mais há novas empresas oferecendo uma nova marca de produto ou prometendo que seu serviço é o melhor da região. Dessa forma, apresentar um certificado a exemplo da ISO 9001 faz com que a organização tenha seus processos avaliados por uma auditoria externa independente para que possa ser certificado em tal norma e, assim, ter um grande diferencial competitivo.

Com o passar dos tempos, a certificação tornou-se essencial para que uma companhia garanta sua notoriedade em seu mercado de atuação. “A adoção das normas ISO é vantajosa para as empresas, uma vez que lhes confere maior organização, produtividade e credibilidade, elementos facilmente identificáveis pecos clientes, aumentando a sua competitividade nos mercados nacional e internacional “, descreve Walter Ricci , diretor da Società Mediterrânea de Certificazioni do Brasil, explicando que os processos organizacionais necessitam ser verificadas por meio de auditorias externas independentes. Da mesma forma, Dezée Mineiro, CEO da DQS do Brasil e América do Sul opina. “A certificação é a comprovação de tudo o que a empresa dez e implementou. Uma corporação certificada mostra ao mercado ser detentora de uma sistemática de gestão, com possibilidade de controle e rastreabilidade. Alem de tudo isso, um bom sistema de gestão reduz a ocorrência (e a repetição) de falhas, gerando diminuição de custos”.
Apresentar um certificado também contribui para melhorias do prestigio e imagem da empresa, alem da competitividade que já foi comentada. “Certificação é escolha estratégica do desenvolvimento das organizações, no sentido de quererem evoluir, melhorar e ganhar mercados. Propicia acesso a novos mercados, aumento da confiança dos trabalhadores, clientes e administração, cultura da melhoria contínua, redução de custos, prevenção e minimização de perigos e acidentes”, esclarece Sergio Toshio Yochiy, presidente da NCC.

Considerando as normas voluntárias (1), antigamente, ser certificado nesta ou naquela norma era apenas uma opção da companhia, que avaliava se “queria” ou não obter a certificação. Entretanto, o mundo segue em constante mudança e este cenário se alterou ao longo do tempo. Com a crescente concorrência, as empresas devem se diferenciar e se preparar da melhor maneira para atender ao seu público-alvo. A partir desta analise, observa-se que é cada vez maior o numero de organizações que exigem que seis fornecedores apresentem uma normalização que ateste a competência de seus serviços. “As empresas já certificada, que já usufruem os benefícios da certificação, tendem a cobrar de seus fornecedores o mesmo nível de gestão, assim, passando a incentivá-los ou ate definir como condição obrigatória para o fornecimento de produtos ou serviços a certificação, uma vez que o nível de gestão de seus fornecedores pode influenciar diretamente nos seus próprios resultados”, afirma Reginaldo Maia, diretor executivo da GL Germanischer Lloyd.

Um grande exemplo desta realidade atual é o setor automotivo, como exemplifica Dezée.” As grandes montadoras buscam fornecedores certificados em ISO/TS 16949, que proporciona uma maior credibilidade e a certeza de processos eficazes. E a norma ISO 9001 para essas empresas é indispensável. Muitas das grandes empresas já exigem que seus fornecedores sejam certificados nas normas acima e também em ISO 14001 e outras normas”. 

RELAÇÃO CUSTO x BENEFICIO PARA UM MICRO OU PEQUENA EMPRESA SE CERTIFICAR.

São inúmeros os benefícios que uma certificação pode trazer a uma micro ou pequena empresa e, entre eles, o principal argumento para que ela possa se emprenhar na certificação é crescer. “ As boas empresas planejam e trabalham fortemente para a sustentabilidade do negocio. Isso significa investir mais em sistemáticas. Se uma empresa não tem nem o básico, que é uma certificação em ISO 9001, estará praticamente destinada a  decrescer. Outro ponto importante é que uma empresa com um Sistema de Gestão consegue enfrentar crises econômicas, por exemplo, com muito mais facilidade. Isso porque conta com processos eficazes já estabelecidos, permitindo enxergar diferentes caminhos”, como aponta Dezée.                                                                                                                                                                              

                

A certificação pode significar uma abertura de portas para grandes empresas que exigem produtos e serviços certificados, como explica Yochiy, apontando outros benefícios: “também pode ser um diferencial e uma vantagem competitiva na prestação de serviço ou fornecimento de produtos, sendo reconhecido pela qualidade entre outros, propiciando um crescimento sustentável”.

A certificação traz uma redução média de 50% nos custos operacionais de um Sistema de Gestão de Qualidade, ganho esse já obtido na fase inicial de sai implantação. Entretanto, é relevante ressaltar que esse ganho com a certificação, sendo ela uma exigência do mercado ou não, não deve ser visto especificamente como um incremento no faturamento da companhia, como descreve Ricci. “Isso pode até ocorrer pelo aumento da credibilidade da empresa junto aos clientes potenciais e de carteira, mas o ganho real mesmo é na melhoria dos processos, na diminuição de refugos, retrabalhos, etc... Esse ganho nem sempre é contabilizado, o que é um erro”, citando a frase do especialista em marketing Philip Kotler, “Dá-se muita atenção ao custo de se realizar algo. E nenhuma ao custo de não realizá-lo”.

Atualmente, o fato de uma empresa ser micro ou pequena não a exime da certificação, como analisa Maria Salete Pereira Garcia, presidente do Inor. “Se a empresa deseja ganhar mercado e fornecer produtos ou serviços para grandes, terá que buscar sua certificação. Eu nem estou mencionando a certificação compulsória, porque independente da empresa ser micro ou pequena, ela só irá comercializar seus produtos /serviços se for certificada”.

Na opinião de Reginaldo Maia, as companhias, independente de seu portem devem encarar o processo de certificação como uma relação de investimentos x benefícios no lugar de custo x benefícios. Para ele, esse outro modo de considerar a certificação proporcionara aquilo que já foi comentado “uma melhoria da eficácia e eficiência dos processos, bem como um fortalecimento de sua marca perante os atuais clientes, e referencia para os potenciais”.                                                                              


DIFICULDADE PARA AS EMPRESAS SE CERTIFICAREM E RECERTIFICAREM.

 São vários os obstáculos que interferem as empresas na conquista da certificação. De acordo com as entrevistas realizadas para esta matéria, um ponto crucial que prejudica tanto a certificação quanto a recertificação é a conscientização dos profissionais envolvidos para que a certificação aconteça. “ A conscientização é sempre um problema, e isso vale para qualquer Sistema de Gestão, seja da Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança, etc. Podemos apontar  como grandes dificuldades para o sucesso na implantação da ISO 9001 a falta de envolvimento da direção e a resistência à documentação dos processos. O envolvimento da Direção deve ser estimulado desde o inicio. Deve ser demonstrada a importância da Direção na analise critica de SGQ  (Sistema de Gestão de Qualidade) com a utilização de indicadores que mostrem realmente o desempenho da empresa. Quanto à resistência em documentar os processos, esta existe em decorrência do medo de burocratizar a empresa e também pelo fato do conhecimento especifico se tornar acessível a todos os interessados”, explica Ricci, da Società Mediterrânea de Certificazioni do Brasil.

No caso das organizações que já são certificadas, as dificuldades para a recertificação não são diferentes às companhias que estão em busca da sua primeira certificação. “As maiores dificuldades para as empresas já certificadas são de evidenciar /registrar as ales de melhorias que ocorrem regularmente, bem como evidenciar por meio de resultados a melhoria contínua do desempenho de seus processos”, descreve Maia, da GL Germanischer Lloyd.

Alguns especialistas do ramo da certificação entendem que as empresas não conseguem avaliar os benefícios que a certificação poderá trazer e acabam encarando o investimento apenas como um gasto a mais, ou seja, não compreendem a quais patamares um atestado de que esta de acordo com uma norma pode levar a empresa. Seguindo este raciocínio, Maria Salete, da Inor, aponta que os problemas para as companhias se certificarem ou se recertificarem estão relacionados ao custo. “Ás vezes as empresas desconhecem que podem agregar de forma justa o valor de sua certificação em seus produtos e serviços”.

 O FUTURO DAS CERTIFICAÇÕES

 Como já citada anteriormente, a concorrência aumenta nos mais variados segmentos empresariais, e os diferenciais das companhias é que trarão destaque à elas e manterão seu publico fiel. A certificação se enquadra nestes diferenciais competitivos  de mercado, trazendo maior confiabilidade dos produtos ou dos serviços prestados pelas companhias, garantindo assim o futuro promissor. Desse modo, as certificações vão ganhando mais importância dentro das organizações, que cada vez mais entendem de sua necessidade.

                                                                                                                                                                                   

  

“A garantia de sobrevivência de qualquer organização nos dias de hoje depende do reconhecimento dos clientes em relação aos serviços prestados. As exigências são inúmeras, e em tempos os quais qualidade é traduzida através da comprovação dos adequados procedimentos, é incomensurável a necessidade de apresentar certificações como a ISO 9001e ISO 14001. Tudo em busca da melhora contínua da empresa e a satisfação de clientes, funcionários, acionistas e sociedade”, discorre Ricci, mostrando o aumento gradativo da relevância das certificações nas empresas.

Seguindo este raciocínio, a tendência é que o mercado fechará às companhias não certificadas. “Em um mundo cada vez mais complexo e globalizado, a certificação permite diferenciação, simplificação dos processos, redução de custos e confiabilidade dos sistemas nos fornecimentos de serviços e produtos. Nesse ambiente cada vez mais regulamentado e ao mesmo tempo competitivo, cada vez menos espaço haverá para companhias não certificadas, necessitando buscar outras formas para se diferenciar”, relata Yochiy, da NCC.

O futuro do segmento das certificações tem se mostrado muito promissor, tendo como base o numero de certificações que tem aumentado a cada dia, é o que aponta Eliane Pasquini, diretora administrativa da QS Certificadora.  “ Quanto às companhias não certificadasm acredito que ainda terão mercado, porem terão que competir com empresas chinesas ou para um mercado pouco exigente, que está disposto a pagar um valor muito baixo pelo produto ou serviço”.


Referencias:

(1)   Existem dois tipos de certificação: a compulsória e a voluntária. A certificação compulsória é aquela regulamentada por lei ou portaria de um órgão regulamentador, como, por exemplo, o INMETRO. A compulsoriedade dá prioridade às questões de segurança, saúde e meio ambiente, assim os produtos listados nas regulamentações apenas podem ser comercializados com a certificação.

A certificação voluntária é aquela que não possui qualquer regulamentação de órgão oficial, desta podemos destacar as certificações de sistemas de gestão da qualidade (NBR ISO 9000) e gestão ambiental (NBR ISO 14000).


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